Duzentos anos após um
grande acidente de laboratório.
Eram jovens médicos e pesquisadores que planejavam extinguir
a AIDS através de uma modificação no DNA, dos saudáveis para criar resistência
para o não desenvolvimento do vírus e dos doentes para criar estruturas que
matassem o vírus.
Como alguém em algum momento falou "o inferno está cheio de boas intenções", nesse caso não
foi diferentes. Houve algum erro nos cálculos e ao invés da cura da AIDS, eles
haviam criado uma doença ainda pior. Uma coisa que só havia na imaginação, Bram
Stoker aprovaria o que havia se criado durantes meses naquele laboratório.
Cobaias humanas foram utilizadas, dois tipos: pessoas
saudáveis e pessoas doentes. As doentes apareceram sem problemas, pessoas
desenganadas tentando estender a vida. Já as saudáveis tinham sido oferecidas
pelo governo, presos que estavam condenados a morte, ou que simplesmente seria
mais cômodo se estivessem mortos.
Os testes começaram, nada de anormal em nenhum dos grupos.
Nem melhora nem piora por quase uma semana. Foi ai que começaram o que muitos
na época intitularam "Apocalipse".
Os primeiros a despertarem, como seres diferentes, eram os
doentes. Fortes, inconsequentes e mortíferos. O caos se instalou, os primeiros
mortos foram invariavelmente os jovens idealistas que criaram os monstros.
Depois daquele pequeno laboratório ter sido destruído, suas cobaias
desaparecidos, rastros sangrentos começaram a aparecer em todas as direções. Os
doentes precisavam de sangue, de muito sangue, viviam ensandecidos. Logo
chamaram atenção e, na proporção que caçavam, foram caçados.
Essa caça aos vampiros, eram assim que os chamavam, pois se
assemelhavam vagamente aos presentes na literatura, sede de sangue, fotofobia, difícil
destruição. Acho que durou quase 100 anos essa caçada incessante do governo.
Mas o que eles não perceberam, distraídos com os selvagens, foi que as cobaias
saudáveis sumiram.
Homens e mulheres, de alta periculosidade e alta
inteligência, que pareciam insignificantes perto dos monstros que assolaram o
mundo. Esses haviam despertados como versões mais avançada dessa nova doença. A
sede de sangue permanecia, assim como a fotofobia e o envelhecimento ultra
retardado. Só que a consciência não houvera se perdido.
Primeiro tiveram de se adaptar a nova condição e encobrirem
seus corpos, não que logo no começo isso fosse muito complicado, conseguindo se
infiltrar e manipular a sociedade ao seu favor, usando os animalescos para
esconder rastros, usando pessoas não infectadas com o vampirismo de
laboratório. Subiram em altos escalões por trás das cortinas. Descobriram que
mais vampiros animalescos podiam ser criados a partir de soros positivos
através de sangue de pessoas que possuíam vampirismo.
A sociedade se focou em eliminar os vampiros que davam
trabalho. Esquecendo-se daqueles que grandes mestres do terror se orgulhariam
de escrever sobre, aqueles que sobreviveram isso tudo e agora controlam tudo
que querem. Condes Dráculas, Lestats que governam longe de holofotes cada canto
do globo. Isso foi só parte do que vive... E não pretendo morrer tão cedo.